Open Access
Artigo Breve, Biomed Biopharm Res., 2023; 20(2):84-96
doi: 10.19277/bbr.20.2.325;  Bilingue PDF [+];  html em inglês [EN]

 

Relação da insegurança alimentar com fatores sociodemográficos entre estudantes universitários: um estudo exploratório

Leandro Oliveira 1  ✉️ , Tiago Figueiredo 2*, Mel Martins 2*, Nicole Owen 2*, Francisco D’Orey 2*, & Carina Rossoni 2,3  

1 - CBIOS - Center for Biosciences & Health Technologies, Universidade Lusófona, Av. Campo Grande 376, 1749-024 Lisboa, Portugal 
2 - Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusófona, Av. Campo Grande, 376, 1749-024, Lisboa, Portugal
3 - Universidade de Lisboa – Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina, Avenida Professor Egas Moniz, 1649-028 Lisbon, Portugal

* Estes autores tiveram igual contributo para o desenvolvimento deste estudo.

Abstract

A insegurança alimentar é uma situação que ocorre quando um indivíduo não tem acesso físico, económico e social a alimentos saudáveis de forma a satisfazer as suas necessidades nutricionais básicas. Os estudantes universitários podem ser um grupo populacional vulnerável face à insegurança alimentar devido a recursos financeiros limitados, e aumento dos custos associados com os estudos. Este estudo visa avaliar a prevalência de insegurança alimentar e a sua relação com fatores sociodemográficos em estudantes do ensino superior. Para tal foi desenvolvido um questionário online que foi disseminado por email institucional e por Facebook pelos estudantes. A amostra contou com 62 participantes, maioritariamente do sexo feminino (85,0%), a frequentar uma licenciatura (88,7%) numa instituição de ensino superior pública (50,0%). Cerca de 27,0% dos agregados familiares dos estudantes estavam numa situação de insegurança alimentar. Foram encontradas correlações entre a insegurança e determinadas variáveis, nomeadamente tendo-se verificado que quando maior a insegurança alimentar, maior a idade e índice de massa corporal, e menor o rendimento mensal do agregado familiar. Também foi encontrada correlação em relação à condição de trabalhador-estudante. Estes resultados poderão ser tidos em conta para o desenvolvimento de novos estudos em estudantes universitários com vista a explorar os fatores relacionados com a insegurança alimentar.

Palavras-chave: Insegurança alimentar, estudantes do ensino superior, estudantes universitários, alimentação

Para Citar: Oliveira, L. et. al (2023) Food insecurity and sociodemographic factors among university students: an exploratory study. Biomedical and Biopharmaceutical Research, 20(2), 1-13.

Correspondência a: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. 
Recebido: 27/10/2023;  Aceite: 15/12/2023

        

Introdução

A insegurança alimentar é uma situação em que um individuo não tem acesso físico, social e económico a recursos e alimentos que atendam às suas necessidades nutricionais no âmbito de uma vida ativa e saudável. A nível do agregado familiar, a insegurança alimentar pode variar de uma situação de segurança alimentar em que há um acesso consistente a alimentos saudáveis, e uma situação de elevada insegurança alimentar em que há um consumo alimentar reduzido entre um ou mais membros da família, sendo que o consumo alimentar dos adultos normalmente é afetado antes do comprometimento do consumo alimentar infantil (1).

A insegurança alimentar não é apenas um problema dos países em desenvolvimento, é um problema global que também afeta os países considerados desenvolvidos como Portugal (2). Entre 2011 e 2013, Portugal registou uma tendência crescente na prevalência de insegurança alimentar, sendo que nesse período cerca de 50% dos agregados familiares estavam numa situação de insegurança alimentar. Esta tendência reverteu para os 45,8% em 2014 (insegurança alimentar leve: 29,7%; insegurança alimentar moderada: 9,5% ; insegurança alimentar grave: 6,6%) (2). Porém este estudo foi realizado antes da pandemia de COVID-19. Um estudo realizado durante a pandemia reportou que 1 em cada 3 portugueses (3) estava em risco de insegurança alimentar, sendo que um estudo recente com dados do primeiro semestre de 2021 aponta para uma prevalência 6,8% na população portuguesa (4). Contudo, não foram encontrados estudos com enfoque nos estudantes universitários em Portugal.

A insegurança alimentar em estudantes universitários também tem sido associada a piores hábitos alimentares e com um maior risco de obesidade (5, 6). Conhecer os fatores relacionados com a insegurança alimentar é importante para o desenvolvimento de intervenções que mitiguem este problema através de uma abordagem holística e integrada, defendendo sistemas alimentares que apoiem a aquisição e fornecimento de alimentos saudáveis, adquiridos de forma justa e digna e que satisfaçam as necessidades dos estudantes universitários (7). Deste modo, o objetivo deste estudo é avaliar a prevalência da insegurança alimentar e a sua correlação com fatores sociodemográficos entre estudantes universitários em Portugal.

Material e Métodos

Este é um estudo transversal exploratório, com vista a avaliar a prevalência de insegurança alimentar em estudantes do ensino superior e relacioná-la com fatores sociodemográficos. Os critérios de inclusão consistiram em ser estudante do ensino superior português e ter mais de 18 anos. Não foram estabelecidos outros critérios de não-inclusão. A recolha de dados foi realizada utilizando um questionário online, através da plataforma Google Forms® e todos os dados foram autorreportados. O questionário para recolha de dados compreendia quatro secções: caracterização sociodemográfica (sexo, idade, grau do curso e instituição que frequentavam, agregado familiar, hábitos tabágicos e de consumo de bebidas alcoólicas, dados antropométricos); adesão ao padrão alimentar mediterrânico; insegurança alimentar; e atividade física. O questionário foi disponibilizado durante todo o mês de maio de 2022 e foi distribuído aos alunos da Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusófona através de email interno. Além disso, foi partilhado no Facebook® para atingir alunos externos, resultando numa amostra de conveniência.

Foi calculado o índice de massa corporal através do peso e altura, e classificado de acordo com os critérios da organização mundial de saúde para adultos (8).

Por fim, para avaliar a insegurança alimentar foi utilizada a Escala de Insegurança Alimentar validada para a população portuguesa (9). Este instrumento é composto por 14 questões fechadas de resposta “sim” (pontuação: 1) ou “não” (pontuação: 0) referentes aos últimos 3 meses. As pontuações totais para os agregados familiares sem crianças determinam a categorização dos níveis de insegurança alimentar da seguinte forma: segurança alimentar (0 pontos), insegurança alimentar ligeira (1-3 pontos), insegurança alimentar moderada (4-5 pontos) e insegurança alimentar grave (6-8 pontos). pontos). Da mesma forma, para os agregados familiares com crianças, a soma das pontuações leva à classificação dos níveis de insegurança alimentar da seguinte forma: segurança alimentar (0 pontos), insegurança alimentar ligeira (1-5 pontos), insegurança alimentar moderada (6-9 pontos), e insegurança alimentar grave (10-14 pontos). Neste trabalho apenas serão analisadas as secções referentes à caracterização sociodemográfica, e insegurança alimentar.

Considerações éticas

Foram disponibilizadas informações a todos os voluntários sobre o estudo e um consentimento informado onde se explicou detalhadamente o objetivo e protocolo do estudo, foi-lhes garantida a confidencialidade e o uso exclusivo dos dados recolhidos para o presente estudo, sendo os dados tratados de forma a garantir o seu anonimato. Só após o voluntário aceitar participar neste (selecionando a opção: "Li a informação, e concordo em participar no presente estudo") é que se procedia à recolha de dados, caso contrário o questionário terminava de imediato. O presente estudo foi realizado seguindo as normas éticas estabelecidas na Declaração de Helsínquia de 1964 e as suas posteriores emendas ou normas éticas comparáveis. E foi aprovado no âmbito do processo P01-23 pela Comissão de Ética da Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusófona.

Análise estatística

O software IBM® SPSS® Statistics, versão 26 para Windows foi utilizado para realizar a análise estatística. A estatística descritiva baseou-se no cálculo de médias e desvios padrão (DP), medianas e percentis (P25; P75) e frequências absolutas (n) e relativas (%). Aplicou-se o teste exato de Fisher para a avaliação a independência entre pares de variáveis, já o teste de Mann-Whitney foi usado para comparar ordens médias entre amostras independentes. Por fim, p coeficiente de correlação de Spearman (r) foi aplicado para avaliar o grau de associação entre pares de variáveis contínuas. A rejeição da hipotese nula ocorreu quando se verificou um p<0.05.

Resultados

O presente estudo contou com uma amostra total de 62 estudantes do ensino superior. Contudo, devido à ausência de resposta a algumas questões, apenas obtivemos 52 respostas completas à escala de insegurança alimentar. Na Tabela 1 é apresentada a caracterização sociogeográfica e estado ponderal da nossa amostra. A maioria desta era constituída por elementos do sexo feminino (85%), com uma média de idade de 31,7 (11,5%) anos, de nacionalidade portuguesa (96,8%), a residir na Área Metropolitana de Lisboa (62,9%), eram exclusivamente estudantes (51,6%), e estavam a frequentar uma licenciatura (88,7%) numa instituição de ensino superior pública (50%). Em relação ao agregado familiar, a sua maioria era constituída por três ou mais elementos (71.0%), sem crianças (61.3%), nem idosos (90.2%), sem desempregados (75,8%) e com dois elementos a contribuir para o rendimento familiar (69,4%), cujo rendimento mensal líquido do seu agregado familiar estava entre os 1001 e 2000€ (41,7%). A maioria dos estudantes não fumava (80,6%) nem consumia bebidas alcoólicas (66,1%). Em relação ao seu estado ponderal, 66,1% foi classificado como normoponderal.

Tabela 1 - Caracterização sociodemográfica e estado ponderal da amostra.
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Nas Tabelas 2 e 3 são apresentados os resultados da avaliação da insegurança alimentar nos agregados familiares dos estudantes. De um modo geral as situações de insegurança alimentar reportadas depreendem-se com a perceção da possibilidade de falta de alimentos (23,1%), sendo as situações de falta efetiva de alimentos menos prevalentes. Nos agregados familiares com crianças, nenhum participante reportou situações de insegurança alimentar relacionadas com as mesmas (questões 9 a 14 da escala de insegurança alimentar). Os agregados familiares com crianças apresentam uma maior prevalência de segurança alimentar quando comparados com os que não possuem crianças (75,8% vs. 68,4%). De um modo geral, cerca de 27% dos agregados familiares dos estudantes foram classificados como estando em algum grau de insegurança alimentar (leve, moderada ou grave). Destes a maioria encontra-se num nível de insegurança alimentar leve (23,1%). Um dos agregados familiares (1,9%) estava numa situação de insegurança alimentar grave.

Table 2 - Avaliação da insegurança alimentar nos agregados familiares dos estudantes.
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Table 3 - Classificação do nível de insegurança alimentar nos agregados familiares dos estudantes.
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Na Tabela 4 apresentam-se as relações da insegurança alimentar com fatores sociodemográficos. Quanto maior a idade e o índice de massa corporal maior o nível de insegurança alimentar, e quando maior o rendimento mensal do agregado familiar menor o nível de insegurança alimentar. Os trabalhadores-estudantes apresentavam uma maior prevalência de insegurança alimentar do que os estudantes. Não foi encontrada nenhuma relação entre a insegurança alimentar com o género, o tipo de instituição que os estudantes frequentavam (publica vs. privada), ser fumador, nem com consumir bebidas alcoólicas. Também não foram encontradas correlações entre a insegurança alimentar e o número de elementos do agregado familiar, número de elementos do agregado familiar com mais de 65 anos, nem com o número de elementos do agregado familiar com menos de 18 anos.

Table 4 - Relação da insegurança alimentar com factores sociodemográficos.
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*p<0,05; *Mediana (Percentil 25; Percentil 75); Teste de Mann Whitney; ## Correlação de Spearman; ### Teste de Kruskal-Wallis

 

Discussão

Este trabalho teve como objetivo de avaliar a prevalência de insegurança alimentar e relacioná-la com fatores sociodemográficos em estudantes do ensino superior em Portugal. Os estudantes universitários enfrentam vários desafios para seguirem uma alimentação saudável. Em alguns casos, têm de aprender a cozinhar e a comprar alimentos, consumir refeições fora de casa com os colegas, equilibrar os custos relacionados com a universidade e outras obrigações financeiras e adaptar-se a um novo ambiente alimentar longe do agregado familiar. Apesar da importância do estudo da insegurança alimentar em estudantes do ensino superior, não foram encontrados trabalhos em Portugal sobre a insegurança alimentar neste grupo específico, deste modo os dados do presente trabalho serão comparados com os disponíveis para a população portuguesa em geral e com estudos internacionais em estudantes universitários.

A prevalência de insegurança alimentar da nossa amostra foi cerca de 27%. Se compararmos este resultado com um estudo realizado na população portuguesa antes da pandemia (2), verifica-se que o valor encontrado é inferior (26,9% vs. 50,0%). Contudo, comparado com um estudo mais recente numa amostra de 882 residentes em Portugal, o nosso valor é superior (26,9% vs. 6,8%) (4). Isto pode dever-se ao facto de antes da pandemia os estudantes terem apoios estatais (bolsas de estudo, alojamento, etc.) que supriam as necessidades dos estudantes, ou existir uma certa proteção por parte do agregado familiar que se organizava de modo a fornecer as condições básicas aos estudantes. Sendo que, após a pandemia, devido ao aumento do custo com a alimentação, alojamento, transportes, entre outros, os apoios podem não ter aumentado proporcionalmente (por parte do estado e/ ou agregado familiar) e assim ter colocado os estudantes numa posição mais vulnerável, com implicações na alimentação dos mesmos (7).

A nível internacional, os nossos resultados vão ao encontro de um estudo que envolveu 8 universidades dos Estados Unidos da América, e encontrou uma prevalência de insegurança alimentar entre 19,0% e 34,1%, com média de 25,4% para toda a amostra (5). Contudo, outros estudos, também nos Estados Unidos da América, reportam uma prevalência superior de insegurança alimentar entre estudantes universitários (52,3% (10); 32,0% (6)). Todos estes estudos basearam-se em dados recolhidos antes da pandemia de COVID-19. Um estudo (7) mais recente com estudantes de uma universidade australiana reportou uma prevalência de insegurança alimentar de 41,9%, também superior ao encontrada no nosso estudo.

Foi encontrada uma associação positiva entre a insegurança alimentar com a idade, uma possível explicação para tal poderá ser o facto de a nossa amostra ter uma elevada percentagem de trabalhadores-estudantes e ter mais idade do que seria de esperar para término de uma licenciatura (entre os 21 e 24 anos), isto está de acordo com outro estudo que reporta uma maior prevalência de insegurança alimentar em trabalhadores-estudantes (6).

As relações encontradas entre insegurança alimentar e índice de massa corporal e rendimentos estão de acordo com a literatura (5), uma vez que estudos relataram uma relação positiva entre insegurança alimentar e hábitos alimentares menos saudáveis que podem levar ao excesso de peso (5, 10). Ademais a relação negativa da insegurança alimentar com os rendimentos do agregado familiar também é consistente com outro estudo (6).

O preço dos alimentos pode ter aqui um impacto importante nestas duas variáveis que influenciam a escolha alimentar, alguns estudos (6, 10) referem que alimentos mais saudáveis, com um valor nutricional elevado (por exemplo: frutas, legumes, cereais integrais e carnes magras) podem ter um custo superior em comparação com e alimentos mais energéticos e de pior qualidade nutricional (alimentos ricos em gordura e açucares simples e pobres em fibras alimentares).

Estes resultados apontam para a necessidade do desenvolvimento de programas que promovam a segurança alimentar dirigidas aos estudantes do ensino superior, contudo são necessários mais estudos que suportem estes resultados exploratórios sobre a insegurança em estudantes do ensino superior.

Limitações do estudo e futuras direções

Tal como qualquer estudo, este trabalho apresenta algumas limitações. Podemos destacar o seu desenho transversal que não permite a extrapolação dos resultados. Além disso, foi utilizada uma amostra de conveniência, além disso, o tamanho da amostra também é reduzido. Ademais o facto de os dados serem autorreportados poderá levar a que as repostas estejam sujeitas a desejabilidade social. Contudo, é importante destacar como ponto forte o facto de se ter utilizado uma escala validada para a população portuguesa e amplamente utilizada em diversos estudos dentro desta temática.

Como trabalhos futuros seria importante um estudo com uma amostra superior e melhor distribuída geograficamente de modo a tirar conclusões mais sólidas sobre a relação entre a insegurança alimentar e fatores associados, incluindo a adesão ao padrão alimentar mediterrânico. Outro aspeto interessante seria relacionar a insegurança alimentar com os fatores que influenciam as escolhas dos alimentos consumidos, competências culinárias ou com o estado de saúde. O desenvolvimento de instrumentos de avaliação do padrão alimentar mediterrânico adaptados à população portuguesa é também necessário, como já foi referido.

Conclusões

Neste estudo foi encontrada uma elevada prevalência de segurança alimentar (73,1%), e de excesso de peso (32,3%). Foram encontradas correlações entre a insegurança e determinadas variáveis, nomeadamente tendo-se verificado que quando maior a insegurança alimentar, maior a idade e índice de massa corporal, e menor o rendimento mensal do agregado familiar. Os trabalhadores-estudantes apresentaram uma maior prevalência de insegurança alimentar. Estes resultados apesar de não poderem ser extrapolados podem ser utilizados para o desenvolvimento de futuras investigações nesta área, tendo este estudo, consistentes com outros, apontado possíveis relações entre a insegurança alimentar e determinados fatores sociodemográficos.

Declaração sobre as contribuições do autor

LO, conceção e desenho do estudo; TF, MM, NO e FD, recolha de dados; LO, TF análise de dados; LO, TF, MM, NO e FD, redação, edição e revisão; LO, TF, tabelas; LO e CR supervisão e redação final.

Financiamento

Esta investigação foi financiada por fundos nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P. (Portugal), no âmbito dos projetos DOI 10.54499/ UIDB/04567/2020 e DOI 10.54499/UIDP/04567/2020.

Agradecimentos

Os autores desejam expressar os seus agradecimentos a todos os participantes no estudo.

Conflito de Interesses

Os autores declaram que não há relações financeiras e/ou pessoais que possam representar um potencial conflito de interesses.

Referências

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