Open Access
Artigo Original, Biomed Biopharm Res., 2023; 20(1):37-50
doi: 10.19277/bbr.20.1.310; versão PDF [+]; html em inglês [EN] 

 

 

As redes sociais e a escolha alimentar de adolescentes de uma escola da região de Lisboa

Ana Carina Almeida 1 & Bruno Sousa1, 2, 3  ✉️

1 - School of Sciences and Health Technologies, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
2 - CBIOS - Center for Biosciences & Health Technologies, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
3 - Health Service of Autonomous Region of Madeira

 

Resumo

A utilização de redes sociais (RS) leva ao desenvolvimento de autonomia e construção de identidade por parte dos jovens, e pode influenciar as suas escolhas alimentares. O objetivo deste estudo quantitativo observacional transversal foi determinar a relação entre as RS e as escolhas alimentares de adolescentes de uma escola secundária da região de Lisboa, em função do tempo de utilização de RS. A recolha dos dados foi feita na escola, através de um questionário Google Forms destinado a adolescentes com idades entre os 16 e os 19 anos, que utilizassem RS. Obteve-se uma amostra de 176 participantes. Destes adolescentes, 60,2% utilizavam as RS menos de quatro horas diárias e os restantes mais de quatro horas. No grupo com menos tempo nas RS a maioria eram rapazes (53,80%) e no grupo que utiliza mais horas diárias a maioria era raparigas (61,40%) (p<0,05). Não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas entre os adolescentes que utilizam os RS menos ou mais de quatro horas por dia. Neste estudo, não foi encontrada relação entre o tempo nas RS e as escolhas alimentares dos adolescentes. Mais estudos sobre este tema serão necessários.

Palavras-chave: Adolescentes, escolhas alimentares, Lisboa, redes sociais

Para Citar: Almeida, A. C. & Sousa B. (2023) Social networks and food choice of adolescents from a school in the Lisbon region. Biomedical and Biopharmaceutical Research, 20(1),51-63

Correspondência a: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.     
Recebido 14/02/2023; Aceite 12/06/2023

 

Introdução

A adolescência é um período de transição da infância para a vida adulta, correspondendo a idades entre os 10 e os 19 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (1).  Este é um período de desenvolvimento explosivo quer a nível físico como psicológico, sobretudo na fase da puberdade, caracterizada por um aumento dos comportamentos de risco e oscilações emocionais. (2). Deste modo, o incentivo a uma alimentação saudável nos adolescentes não é fácil, uma vez que esta faixa etária é altamente influenciada por fatores ambientais externos e meio envolvente (3).

Atualmente, os jovens adolescentes crescem numa sociedade onde a tecnologia digital se encontra cada vez mais desenvolvida. As redes sociais (RS) ocupam grande parte dos seus tempos livres, sendo que nos últimos anos o tempo de ecrã tem vindo a aumentar significativamente (4). Mais de 90% dos adolescentes têm pelo menos uma conta nas RS (5).

A utilização destas plataformas digitais leva ao desenvolvimento de autonomia e construção de identidade por parte dos jovens, contribuindo para a moldagem da sua personalidade, o que vai ter influência nos seus hábitos de vida (6).

Para além disso, as estratégias de marketing estão muito bem delineadas e cada vez mais o foco é o meio digital. A publicidade através de figuras publicas e influencers tem como principal público-alvo os adolescentes, o que poderá ser preocupante, uma vez que esta faixa etária tem um menor sentido crítico perante estratégias de marketing face ao publico mais velho, tornando-se assim mais vulnerável (7).

As normas sociais parecem ter também impacto no comportamento alimentar, isto é, publicações sobre determinados alimentos, receitas ou restaurantes que se tornam tendência, parecem influenciar a escolha alimentar dos adolescentes, aumentando o consumo dos mesmos (8).

As RS poderão ser uma excelente estratégia de educação alimentar, uma vez que é um local onde os adolescentes passam grande parte do seu tempo (9). A aprendizagem precoce, a exposição a novas ideias e o acesso a conteúdos informativos de nutrição poderão ser benéficos para os adolescentes (10). Contudo, apesar de poderem ser um bom meio para promoção de saúde, não está totalmente claro qual a melhor estratégia para tal (11).

O conteúdo sobre alimentação disponível nas RS é cada vez mais comum e facilmente despoleta sensações em quem o acompanha, impactando no desejo alimentar, ainda que seja de forma inconsciente (12).

Existe uma intervenção crescente por parte das organizações e profissionais de saúde nas RS, havendo cada vez mais um maior envolvimento online com o público em geral (13). Atualmente muitos jovens utilizam as RS para pesquisas de conteúdos de saúde (13).

É assim de extrema importância compreender o comportamento alimentar dos adolescentes e perceber de que forma as RS poderão influenciar, de modo a desenvolverem-se estratégias de educação alimentar por parte dos nutricionistas no meio digital, garantindo uma boa literacia nutricional desde cedo.

Por outro lado, em Portugal não se conhecem trabalhos realizados sobre esta temática e a informação a nível internacional é escassa.

O objetivo deste estudo foi determinar a relação entre as RS e as escolhas alimentares de adolescentes entre os 16 e os 19 anos de idade de uma escola secundária da região de Lisboa, em função do tempo de utilização de RS.

 

Materiais e Métodos

O presente estudo consiste num estudo quantitativo observacional transversal.

Esta trabalho foi desenvolvido na Escola Secundária de Caneças que tinha 10 turmas de 10º ano, de 11º ano e de 12º ano, num total de 720 alunos.  Foram selecionadas aleatoriamente 3 turmas de cada um destes anos, perfazendo 223 alunos, contudo só foi obtido o consentimento informado de 192 adolescentes. Tendo em conta os critérios de exclusão: a não utilização de RS e idades inferiores a 16 anos e superiores a 19 anos, foram excluídos respetivamente 1 e 15  alunos, e a amostra foi então constituída por 176 adolescentes.

Após a autorização da Direção, e o consentimento dos pais/encarregados de educação dos adolescentes, todos os participantes, antes da recolha dos dados, concordaram em participar do estudo, dando o seu consentimento por escrito e informado para participar. Antes do preenchimento do questionário, foram descritos o objetivo do estudo e as variáveis a serem avaliadas, garantindo-se o anonimato dos dados. Este estudo foi realizado seguindo os padrões éticos estabelecidos na Declaração de Helsinque de 1964.

A recolha dos dados foi feita no dia 9 de maio de 2022, através de um questionário Google Forms. O estudo foi apresentado aos alunos em ambiente de sala de aula, onde foi fornecido um QR code de acesso ao formulário e os alunos responderam individualmente nos seus telemóveis.

O questionário utilizado para a recolha de dados era composto por quinze questões, sendo que se encontrava dividido em quatro secções. A primeira secção era composta por informações pessoais como idade, sexo e o nível de preocupação com a alimentação (“Nenhuma”, “Pouca”, “Razoável” ou “Muita”). A segunda com três questões, nomeadamente quanto à utilização de RS, qual a RS mais utilizada e o número de horas diárias de utilização.  A terceira secção com seis questões: se segue e tipo de contas relacionadas com a alimentação; se alguma vez experimentou receitas dessas contas; e as restantes quatro questões desta secção eram sobre a relação destas contas com a rotina alimentar, nomeadamente na elaboração de receitas, ida a restaurantes, consumo de alimentos saudáveis e a quantidade ingerida (“Aumentou”, “Manteve”, “Diminuiu”). Por fim, a quarta secção, com três questões, envolvendo um questionário de frequência alimentar com os vários grupos alimentares (Fruta, Hortícolas, Snacks doces, Snacks salgados, Fast-Food, Refrigerantes e bebidas açucaradas); uma outra questão sobre se considera que a informação sobre alimentação presente nas redes sociais, de certo modo, pode substituir a consulta com um nutricionista; e uma questão sobre se considera que o conteúdo presente nas redes sociais tem influência nas suas escolhas alimentares.

Após o encerramento do questionário no Google Forms, procedeu-se à extração das respostas para um documento Microsoft Excel, onde foram eliminados os 16 participantes de acordo com os critérios de exclusão do estudo. Seguidamente, codificaram-se todas as respostas e extrapolou-se os resultados para o programa de análise estatística IBM SPSS 28.0.1 - Statistical Package for the Social Sciences. As variáveis nominais estão apresentadas em percentagem e valor absoluto e as variáveis quantitativas estão em média e desvio-padrão. Comparou-se a distribuição das características selecionadas entre os grupos usando o teste qui-quadrado de Pearson para variáveis categóricas. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05.

 

Resultados

Este estudo foi composto por uma amostra de 176 adolescentes. A média de tempo de utilização de redes sociais foi de 4 horas diárias, havendo uma variação entre 30 minutos e 16 horas diárias (DP=2,87). Destes jovens, 106 utilizavam as redes sociais menos de 4 horas diárias, enquanto 70 afirmaram utilizar mais de 4 horas diárias.

Na Tabela 1 é possível analisar a caracterização da amostra, em função do tempo de utilização de RS.

Tabela 1 - Caracterização da amostra, em função do tempo de utilização de RS.
bbr.20.1.310.Tab1
Dados expressos em média (desvio padrão) ou percentagem (n). Abreviatura: RS, Redes Sociais. ª os valores de P para comparações entre grupos foram testados pelo Pearson χ2.

 

Dos 176 adolescentes que participaram no estudo, 52,30% eram do sexo feminino (n=92). No grupo que utiliza menos tempo as RS a maioria era do sexo masculino (53,80%) e no grupo que utiliza mais horas diárias a maioria era do sexo feminino (61,40%), havendo diferenças estatisticamente significativas quanto ao sexo entre os grupos.

A média de idades da amostra foi de 16,98 anos (DP=0,90), tendo uma variação entre 16 e 19 anos de idade. Não houve diferenças estatisticamente significativas quanto à idade, entre os grupos.

Quanto ao nível de preocupação com a alimentação, a maioria (58,5%), reportou ter uma preocupação “Razoável”, não havendo significância estatística entre os grupos.

A RS mais utilizada pelos adolescentes é o Instagram (48,30%) e a segunda o Tik Tok (30,70%). Contudo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos.

Quando questionados se seguiam contas relacionadas com alimentação mais de metade respondeu “Sim” em ambos os grupos, contudo essa percentagem foi mais elevada no grupo que utiliza as RS menos de 4 horas diárias (55,70%).

A quem afirmou seguir contas relacionadas com alimentação nas RS (n=99), questionou-se qual o tipo de conta que seguiam maioritariamente. 41,40% dos adolescentes afirmaram seguir “Influencers”, sendo a opção “Nutricionistas” a segunda com mais respostas, com 23,20%. A Tabela 2 analisa os que seguiam contas relacionadas com alimentação e a sua relação com a rotina alimentar dos adolescentes, em função do tempo de utilização de RS.

Tabela 2 -Seguimento de contas relacionadas com alimentação e a sua relação com os hábitos alimentares dos adolescentes, em função do tempo de utilização de RS.
bbr.20.1.310.Tab2
Dados expressos em percentagem (n). Abreviatura: RS, Redes Sociais. ª os valores de P para comparações entre grupos foram testados pelo Pearson χ2.

 

Quando questionados quanto à elaboração de receitas dessas mesmas contas, a grande maioria (82,8%) respondeu “Sim”. Quanto à relação que essas contas têm sobre a rotina alimentar, questionou-se relativamente à elaboração de receitas, idas a restaurantes, consumo de alimentos saudáveis e quantidade ingerida. Verifica-se que 72,70% referiu aumentar a elaboração de receitas, e quanto às idas a restaurantes, cerca de 54,50% referiu que mantem-se igual. A distribuição desta resposta foi semelhante em ambos os grupos. Relativamente ao consumo de alimentos saudáveis, 56,60% referiu aumentar o consumo. Quanto à quantidade ingerida, a resposta foi unânime em ambos os grupos, respondendo a grande maioria “Manteve-se”. Não houve diferenças significativas entre os grupos. 

Na Tabela 3 é possível analisar a frequência de consumo de vários grupos alimentares dos adolescentes, em função do tempo de utilização de RS. Contudo, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, relativamente a todas as categorias de alimentos. 

Tabela 3 - Frequência de consumo de alguns grupos alimentares, em função do tempo de utilização de RS 
bbr.20.1.310.Tab3
Dados expressos em percentagem (n). ª os valores de P para comparações entre grupos foram testados pelo Pearson χ2.

 

A Tabela 4 representa a perceção dos adolescentes quanto à influência das RS, em função do tempo de utilização de RS. 

Tabela 4 - Perceção dos adolescentes quanto à influência das RS, em função do tempo de utilização de RS.
bbr.20.1.310.Tab4
Dados expressos em percentagem (n). Abreviatura: RS, Redes Sociais. ª os valores de P para comparações entre grupos foram testados pelo Pearson χ2.

 

Quando questionados se a informação presente nas RS substitui uma consulta de nutrição, 84,10% respondeu “Não”, havendo uma distribuição semelhante de respostas em cada um dos grupos.

Quando questionados se o conteúdo presente nas RS influencia as escolhas alimentares, 49,40% respondeu “Sim” e 50,60% respondeu “Não”. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos.

 

Discussão

De acordo com os resultados obtidos, o Instagram parece ser a rede social mais utilizada por estes adolescentes. Um estudo desenvolvido numa amostra de jovens entre os 15 e os 21 anos refere a mesma preferência (14). Esta informação será útil para profissionais e órgãos de saúde, para que estes possam atuar estrategicamente, caso seja necessário, uma vez que é a RS mais utilizada por adolescentes.

A média de horas de utilização diária de RS neste estudo foi de 4 horas. Contudo, um estudo recente publicado no site We Are Social afirma que esse valor é bastante variável de país para país. Nas Filipinas a média de horas diárias é de 4 horas e 15 minutos, enquanto no Japão são apenas 51 minutos. Esse fator sendo variável poderá desencadear resultados diferentes em países distintos (15).

O grupo que utiliza mais horas diárias as RS apresentou um consumo mais frequente de fast-food, apesar de não ser estatisticamente significativo. Foi feito um estudo na Austrália em adolescentes que utilizam RS, que avaliou o impacto da publicidade de fast-food na intenção de consumo dos adolescentes. Segundo estes autores, os anúncios de fast-food parecem influenciar e aumentar a probabilidade de ingestão deste tipo de alimentos (16). Por outro lado, numa revisão recente com base em estudo realizados entre 2017 e 2022, foi referido que os anúncios de alimentos nas redes sociais centram-se frequentemente na promoção do consumo de alimentos e bebidas não saudáveis, e que este facto está associado ao aumento do consumo entre os adolescentes (17). Isto poderá justificar este consumo, uma vez que os indivíduos que estão mais tempo nas RS estão mais expostos a publicidade.

A maioria dos adolescentes que segue contas relacionadas com alimentação nas RS afirmaram que as mesmas têm impacto no aumento do consumo de alimentos saudáveis e elaboração de receitas. De acordo com um estudo desenvolvido também em Lisboa, o mesmo se verificou, sendo que as contas das quais experimentam mais receitas são de nutricionistas (12). Num outro estudo em adolescentes e jovens adultos gregos, também se verificou que são inspiradoras as publicações sobre alimentação saudável e novas receitas e que, embora as imagens de alimentos apelativos, mas menos nutritivos, pareçam criar a necessidade de os participantes consumirem esses alimentos, a maioria acabaram por não o fazer (18).

Dos adolescentes que seguiam contas relacionadas com alimentação nas RS, a maioria afirmou seguir maioritariamente influencers, sendo esse valor superior no grupo de jovens que utiliza mais de 4 horas diárias as RS, apesar de não apresentar significância estatística. Segundo Kucharczuk, a presença de influencers e figuras públicas em campanhas publicitárias de alimentos e bebidas nas suas RS influencia os adolescentes, sobretudo no consumo de alimentos não saudáveis. (5). Assim, o grupo que utiliza mais horas RS parece estar mais exposto a este tipo de tentação.

Quando questionados se consideravam que as RS influenciavam as suas escolhas alimentares, as respostas ficaram divididas entre “Sim” e “Não”. Contudo, num estudo desenvolvido no Porto em 2018, também numa amostra de adolescentes, foi colocada exatamente a mesma questão e a maioria (60,00%) respondeu “Sim”, assumindo que as RS influenciavam as suas escolhas alimentares (14). A resposta a esta questão é apenas uma autoperceção dos adolescentes, que pode ser subvalorizada ou sobrevalorizada. Passa apenas pela opinião dos jovens que, inconscientemente, podem ser influenciados por estratégias de marketing e não terem capacidade para identificar (7).

Este estudo apresenta algumas limitações, nomeadamente o facto de o questionário não ser validado, ser um estudo transversal, o tamanho da amostra ser reduzido e a amostra ser muito homogénea, uma vez que os dados foram recolhidos em apenas uma escola, havendo homogeneidade em questões demográficas, socioeconómicas e de estilo de vida, o que poderá ter enviesado os resultados.

Contudo, este estudo também apresenta pontos fortes como o facto de ter sido o primeiro estudo em Portugal a avaliar a relação das RS na escolha alimentar de uma amostra de adolescentes entre os 16 e 19 anos de idade, em função do tempo de utilização de RS.

O presente estudo poderá ser útil para futuras meta-análises e desenvolvimento de estudos sobre o tema, contendo uma amostra mais representativa e heterogénea, de modo a chegar-se a uma conclusão com significância estatística.

Como perspetivas futuras, primeiramente será fundamental estudar a forma como os adolescentes se comportam nas RS e de que forma estas poderão impactar na sua alimentação. De seguida, os profissionais de saúde, neste caso nutricionistas, poderão desenvolver estratégias de educação alimentar no meio digital, uma vez que este meio tende a crescer nas futuras gerações.

 

Conclusões

Com este estudo foi possível concluir que não houve diferenças nas escolhas alimentares entre os adolescentes que utilizam RS menos de quatro horas e os que utilizam mais de quatro horas diárias. Assume-se assim a possibilidade de não existir relação entre o tempo de utilização de RS e as escolhas alimentares dos adolescentes.

Deste modo, serão necessários mais estudos sobre este tema, contendo uma amostra mais representativa quantitativamente e mais heterogénea, de modo a fortalecer as conclusões deste trabalho.

 

Contribuição de Autores

A.C.A.: conceptualização e conceção do estudo; implementação; análise de dados; tabelas; escrita. B.S.: edição e revisão; supervisão e redação final.

 

Agradecimentos

Os autores agradecem à Escola Secundária de Caneças pela oportunidade e pronta disponibilidade para a realização deste trabalho e aos alunos que participaram neste estudo.

 

Conflito de Interesses

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

 

Referências

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3. Neumark-Sztainer, D., Story, M., Perry, C., & Casey, M. A. (1999). Factors influencing food choices of adolescents: findings from focus-group discussions with adolescents. Journal of the American Dietetic Association99(8), 929–937. https://doi.org/10.1016/S0002-8223(99)00222-9

4. Orben A. (2020). Teenagers, screens and social media: a narrative review of reviews and key studies. Social psychiatry and psychiatric epidemiology55(4), 407–414. https://doi.org/10.1007/s00127-019-01825-4

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