Artigo Original, Biomed Biopharm Res., 2023; 20(1):83-92 doi: 10.19277/bbr.20.1.313; versão PDF [+]; html em inglês [EN] |
Conhecimento em Alimentação e Nutrição de Professores do Ensino Básico numa uma Região de Lisboa, Portugal
Andreia Pedro 1, Cíntia Ferreira-Pêgo 2 , Carina Rossoni 2 & Emília Alves 2
1 - School of Sciences and Health Technologies, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
2 - CBIOS - Center for Biosciences & Health Technologies, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
Resumo
Os hábitos alimentares das crianças formam-se durante a infância e são significativamente influenciados pelo ambiente escolar, razão pela qual os professores são vistos como um exemplo de conduta a imitar. Para que as crianças recebam informações precisas, os professores devem ter uma compreensão sólida de alimentação e nutrição. Este estudo pretendeu avaliar o nível de compreensão alimentar e nutricional de professores do 1º ciclo do ensino básico. Oitenta e um professores participaram de um estudo observacional transversal. Foi construído um questionário com 9 perguntas para avaliar o seu nível de conhecimento sobre alimentação e nutrição, com três níveis estabelecidos: elevado (≥7 pontos), moderado (4-6 pontos) e baixo (≤3 pontos). Neste estudo, enquanto 79% dos instrutores ensinavam princípios nutricionais e 44% tinham um nível moderado de conhecimentos em alimentação e nutrição, 63% dos professores tinham maus níveis de formação em nutrição. As maiores dificuldades dos professores diziam respeito ao valor nutricional dos alimentos, independentemente dos seus anos de experiência. Professores que lecionam há menos de cinco anos apresentam melhor grau de conhecimento em alimentação e nutrição, em comparação com os que lecionam há mais tempo (p<0,001). Este estudo corrobora a ideia de que os instrutores do primeiro ciclo do ensino básico precisam de mais educação alimentar, principalmente aqueles que lecionam há mais anos.
Palavras-chave: Alimentos, nutrição, conhecimento, professores ensino básicos
Para Citar: Pedro, A., Ferreira-Pêgo, C., Rossoni, C., Alves, E. (2023) Food and Nutritional Knowledge of Elementary School Teachers. Biomedical and Biopharmaceutical Research, 20(1), 83-92.
Correspondência a:
Recebido 17/04/2023; Aceite 23/06/2023
Introdução
Distúrbios relacionados com a alimentação, como a obesidade, têm sido cada vez mais associados a más práticas alimentares, o que pode ser consequência de níveis inadequados de consciência nutricional em adultos e crianças (1-4). Hábitos alimentares duradouros são desenvolvidos durante a infância e as preferências alimentares das crianças são geralmente definidas por experiências pessoais, observação e educação, e não pelo valor nutricional da refeição (5-7). A educação alimentar infantil é significativamente influenciada pela comunidade escolar, quer pelo tempo de permanecia da criança quer por este ser um local privilegiado de aprendizagem, o que reforça a ideia de que o meio social da criança pode afetar o profundamente o seu padrão alimentar (8). Enquanto modelos, os professores do ensino básico têm o potencial de influenciar o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis que as crianças podem levar para a idade adulta (5,6,9). Pelo que, é fundamental que os educadores tenham conhecimento sobre nutrição e alimentação para garantir que seus alunos recebam informações precisas (10), deixando claro que os educadores precisam aumentar seu nível de conscientização nutricional (11). A literatura sobre o conhecimento nutricional dos professores é escassa, desse modo pretendeu-se com este estudo avaliar o nível de conhecimento alimentar e nutricional dos professores que lecionam no 1.º ciclo do ensino básico.
Materiais e métodos
Esta pesquisa consiste num estudo observacional, quantitativo, transversal, para avaliar o grau de conhecimento sobre alimentação e nutrição de professores do 1º ciclo do ensino básico. Os participantes foram recrutados por conveniência no Agrupamento de Escolas Amadora-Oeste localizado na região de Lisboa (Portugal). O recrutamento foi realizado entre abril e maio de 2022, através de um inquérito digital disponibilizado via email para recolha de dados a todos os professores pertencentes ao agrupamento escolar. Responderam ao questionário 81 professores do 1.º ciclo do ensino básico que foram incluídos no estudo. Todos os participantes submeteram seu consentimento informado após receberem informações de que todos os dados seriam mantidos anónimos e utilizados única e exclusivamente para esta investigação. Os princípios orientadores da Declaração de Helsínquia e quaisquer revisões aplicáveis foram seguidos durante a condução do estudo (12).
O questionário de pesquisa foi dividido em três partes: uma seção de consentimento informado, onde o critério de inclusão foi a aceitação em participar; uma seção sobre características gerais como sexo, idade, número de anos de ensino, formação em nutrição e inclusão de temas de alimentação e nutrição nas atividades de ensino; e uma seção para avaliação do conhecimento sobre alimentação e nutrição, onde foi utilizado questionário construído especificamente para este estudo. Este questionário foi composto por nove questões, sendo duas sobre conceitos de dieta saudável, uma sobre alimentos saudáveis, uma sobre boas praticas do ponto de vista da higiene e segurança alimentar, uma sobre valor energético e quatro sobre valor nutricional dos alimentos. As respostas disponíveis foram “concordo”, “discordo” e “não tenho a certeza". Para efeitos de pontuação as respostas “não tenho a certeza” foram contabilizadas como incorretas. Respostas corretas receberam 1 ponto e respostas incorretas receberam zero pontos. Usando essa classificação, o resultado poderia variar entre 0 e 9 pontos e o nível de conhecimento foi classificado como alto (7 pontos), moderado (4-6 pontos) ou baixo (3 pontos).
Análise Estatística
Os resultados foram expressos em média (desvio padrão, DP) ou em frequências relativas. O teste Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para comparar variáveis categóricas. Todas as análises foram realizadas com o pacote estatístico SPSS versão 27 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA) com nível de significância de 5%.
Resultados
Estudo utilizou uma amostra de 81 professores, dos quais 38,3% lecionavam há cinco anos ou menos e 61,7% lecionavam há mais de cinco anos, portanto, devido a esses resultados, optou-se por dividir a amostra em dois grupos, de acordo com o número de anos de ensino.
A Tabela 1 apresenta as características gerais dos participantes com base nos anos de ensino. Os professores que lecionavam há menos de cinco anos eram mais jovens, com idade média de 30,6 (2,42) anos, enquanto os que lecionavam há mais de cinco anos apresentavam idade média de 45,1 (8,55) anos (p< 0,001). Globalmente, apenas 37,0% dos participantes reportaram já haver participado em alguma formação sobre o tema (palestras, workshops ou pós-graduação). No entanto, 51,6% dos professores com menos de cinco anos de experiência declararam não ter tido formação em nutrição, em comparação com 70,0% dos professores com mais de cinco anos de experiência de ensino (p=0,144). Adicionalmente, foi possível constatar que 79,0% dos professores incluíram temas sobre nutrição e alimentação nos seus planos de aula. No entanto, a comparação entre os dois grupos revelou que os professores com menos experiência de ensino incluíram esses temas com mais frequência nas suas aulas (96,8%) do que aqueles com mais experiência de ensino (68,0%) (p=0,002).
Tabela 1 - Caracteristicas gerais dos participantes, em função dos anos de ensino. |
Dados expressos em média (DP) ou percentagem (n). DP, Desvio Padrão. aValores de P para comparações entre grupos foram testados pelo teste t-Student ou teste de Pearson χ2, com um nível de significância de p<5%. |
Por fim, quanto ao conhecimento em alimentação e nutrição, a Tabela 2 mostrou que 30,9% dos participantes apresentavam nível elevado, 44,4% nível moderado e 24,7% nível baixo. A comparação entre os dois grupos revelou que 32,3% dos docentes com menos de cinco anos de experiência possuíam nível de conhecimento moderado e 67,7% possuíam grau de conhecimento elevado. Nos docentes com mais de cinco anos de experiência, 40,0% apresentaram baixo nível de conhecimento sobre alimentação e nutrição, 52,0% nível moderado e 8,00% nível alto (p<0,001).
Destaca-se o fato de que, globalmente, 61,7% dos participantes responderam incorretamente a pelo menos uma das questões relacionadas ao conteúdo nutricional dos alimentos e à questão sobre o seu valor energético.
Tabela 2 - Avaliação do conhecimento alimentar, dos professores, em função dos anos de ensino. |
Conhecimento em alimentação e nutrição categorizada em três grupos: elevado (≥7 pontos); médio (4-6 pontos) e baixo (≤3 pontos). aComparações entre grupos testados pelo teste de χ2 de Pearson, com um nível de significância de p<5%. Questionário em Anexo. |
Discussão
Este estudo revelou que, apesar de abordarem assuntos relacionados à nutrição em seus planos de aula, os professores do ensino básico apresentaram baixo grau de formação em alimentação e nutrição. Os dados mostraram que o nível de conhecimento sobre alimentação e nutrição que a maioria dos professores apresentou foi moderado, porém os professores com menos experiência de ensino tiveram um maior grau de compreensão desses tópicos, o que está de acordo com a literatura (10,12) e são justificados pelas características dos professores, como experiência ou especialização prévia, motivação e interesse, além da acessibilidade de recursos instrucionais completos e preparação do professor (13). Restrições de tempo e demandas profissionais são as principais barreiras relatadas para este tipo de treino, corroborando assim a dificuldade do professor em adquirir educação nutricional (14). Adicionalmente, foram as questões relacionadas com temas nutricionais, como o valor energético ou o conteúdo nutricional dos alimentos que representaram as maiores dificuldades de resposta dos professores, identificando assim as maiores lacunas no seu conhecimento e permitindo identificar possíveis focos de necessidade em formação para estes profissionais. A formação académica dos professores do 1ºciclo do ensino básico, em Portugal, não contempla nos seus conteúdos programáticos formação em alimentação e nutrição (15), o que pode justificar alguns dos resultados obtidos.
Independentemente do nível de formação, a maioria dos participantes deste estudo relatou ministrar aulas sobre nutrição e alimentação. Resultados semelhantes foram relatados no estudo de Falkenbach et al. (16) avaliando a inclusão de temas relacionados à alimentação em pré-escolares, o que demonstrou que as dificuldades e facilitadores enfrentados pelos professores tiveram uma influência substancial na implementação de intervenções nutricionais nas escolas. Além disso, Rosário et al. (17) examinou os efeitos de um programa que designou professores de sala de aula como interventores dedicados para realizar intervenções de prevenção da obesidade em um estudo realizado em Portugal, descobrindo que os efeitos benéficos de um programa educacional produziram efeitos significativos na prevenção do sobrepeso infantil. Albuquerque et al. (18) realizaram um estudo sobre a perceção de professores sobre educação alimentar e nutricional em ambiente escolar. Os professores expressaram o desejo de estudar o tema, mas também o medo de não conseguirem ensinar efetivamente algo que não conheciam. A maioria dos professores realizava atividades de educação nutricional ostensivamente baseadas em crenças e fontes comuns, devido à falta de formação, o que pode estimular os alunos a consumir alimentos inadequados, tornando-se clara a necessidade de formação em educação nutricional para os professores (13,18).
Neste trabalho, os professores do 1ºciclo ensino básico demonstraram um grau de compreensão sobre alimentação e nutrição com um nível moderado a baixo. Estes resultados são suportados pelo trabalho de Parlak et al. (19), que avaliaram o conhecimento nutricional de 280 professores e constataram que mais da metade dos professores apresentava um nível moderado de conhecimento nutricional. Bezerra e cols. (20) chegaram a conclusões semelhantes encontrando uma pontuação moderada em relação ao conhecimento nutricional dos professores. Lacunas significativas no conhecimento dos professores sobre assuntos relacionados à nutrição foram encontradas em um estudo recente que avaliou seus conhecimentos nutricionais, destacando a importância de realizar exercícios de treinamento sobre o tema para aumentar a conscientização, aumentar a confiança dos professores e capacitá-los para promover estilos de vida saudáveis em seus alunos (5). A literatura mostra que melhorar a alfabetização alimentar e nutricional pode melhorar os comportamentos alimentares, o conhecimento alimentar e nutricional, a autoeficácia nessas áreas e a qualidade da dieta (20), cumprindo assim as recomendações da OMS de inclusão de componentes tanto da alimentação quanto da atividade física no currículo escolar, ministrados por professores qualificados (21).
Os professores com cinco anos ou menos de experiência de ensino eram mais jovens, mais informados sobre alimentação e nutrição e mais propensos a incorporar esses tópicos nos planos de aula. Shimabukuro et al. (22) relataram que educadores com formação superior com menos de 38 anos tinham maior conhecimento, o que é consistente com nossos achados. Sabe-se que a idade dos professores é um dos principais determinantes de seu interesse por tópicos de alimentação e nutrição, bem como de seu conhecimento nutricional, sendo os professores mais jovens mais conscientes de questões relacionadas à alimentação e saúde (23, 24). Em oposição a isso, a análise de Fernandez et al. (25) de 288 professores revelou uma forte relação entre idade e conhecimento do grupo de alimentos, com professores com mais de 33 anos exibindo melhor desempenho.
O caráter inovador deste estudo demonstra-se por ter sido o primeiro a comparar a duração da carreira docente dos educadores com a profundidade de sua compreensão sobre nutrição e alimentação. Existem, no entanto, várias limitações que devem ser tidas em consideração, como a utilização de uma pequena amostra de conveniência que apenas foi recolhida na área de Lisboa e não é representativa da população, bem como a falta de um questionário validado.
Conclusão
Este estudo mostra que professores do 1ºciclo do ensino básico carecem de formação em alimentação e nutrição, embora estes temas sejam abordados pela maioria dos professores. Nesta amostra, professores mais jovens e com menos anos de experiência tendem a saber mais sobre alimentação e nutrição do que aqueles com mais anos de experiência.
Estes resultados reforçam a necessidade de mais pesquisa nesta área, dada a enorme influência que os professores do ensino fundamental têm sobre o comportamento e as atitudes das crianças.
Contribuição dos autores
EA, CR e CFP, conceção e desenho do estudo; AP, implementação experimental; AP e EA, análise de dados; AP, CR e EA, redação, edição e revisão; AP, figuras; EA, supervisão e redação final.
Conflitos de interesse
Os autores envolvidos neste projeto, confirmam não existir conflito de interesses.
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